sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O PAI DO FILHO PRODIGO

"Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente.Lucas 15:13

A seguir, levantou-se e foi para seu pai. "Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou. Lucas 15:20
Entre o verso treze e o verso vinte pressupomos que se passaram muitos anos, a Bíblia não registra o tempo exato entre a partida e a volta do filho prodigo, também não registra os acontecimentos na casa do pai, faz referência a vida do filho e sua desventura. Mas sempre que leio este texto fico pensativo sobre o pai, em que condições ficara o seu coração vendo a atitude infantil do filho em pedir o que ainda não lhe pertencia, pois o pai ainda estava vivo e depois o momento doloroso da partida ver aquele filho aos poucos desaparecendo entre os montes, e agora os planos e os sonhos que ele sonhou estava indo embora com o moço. Entrar novamente em casa, ver os dias se passarem com aquela saudade que aumentava quando via a cama onde o filho dormia, agora ele não sabia como ele estava, se doente, passando alguma necessidade, sem noticias apenas sofrendo e envelhecendo com a dor da ausência. Não nos conformamos com a rejeição, o abandono nem a indiferença. Quando alguém que amamos se vai, fica um vazio enorme na alma isso vale para qualquer tipo de relacionamento. Duvido que você que está lendo esta postagem gostaria de ser abandonado ou deixado para trás. A dor de ser abandonado talvez seja a dor mais aproximada com o sofrimento de Cristo antes de ser crucificado no madeiro, a rejeição produz uma dor tão aguda que muita gente não suporta e se entrega ao desprezo e a sarjeta. Quem ama deseja estar perto, partilhar, abraçar, conversar, dividir a alegria e a tristeza, a fartura e a fome, quem ama jamais abandona e não faz sofrer. O filho pródigo partiu sem pensar na amargura que estava deixando para trás. Até quando resolve voltar a principio não foi por amor a seu pai, mas ele sente necessidade, fome e pensa nos empregados do pai que tem pelo menos a comida no prato, depois que ele se refere ao pai e reconhece a sua desobediência. Assim  empreende o caminho de volta. O dia amanhece e seria mais um dia para lamentar a distancia daquele filho querido, mas logo um empregado anuncia que alguém se aproximava da fazenda, o pai sai porta afora e ainda de longe o vê e reconhece, é meu filho! é meu filho! E corre em direção do rapaz, agora toda dor, todo sofrimento e tristeza dá lugar a uma alegria indescritível, O vazio na alma é preenchido com uma vontade de abraçar, beijar e amar aquele filho muito mais do que antes. Pra que relembrar os dias sombrios da ausência? Para que relembrar do dia da partida? O que importa é que o filho voltou, que agora esta novamente na casa do pai e agora é hora de fazer uma grande festa chamar os amigos mostrar para eles que é possível ver um filho morto reviver, perdido se achar! Agora ele era um pai feliz, cheio de amor e perdão para oferecer ao seu filho rebelde. Podem sonhar e planejar um futuro melhor, podem conversar nos finais de tarde, podem sentar novamente a mesa e dividir o pão. Agora é o pai pode envelhecer e partir em paz. Quantos pais não vivenciam esta história? Quantos ainda não esta a espera do filho que partiu? E quantos filhos estão vivendo por ai sem a coragem de voltar? Volta filho, volta para os braços de seu pai, ouça a voz de seu pai falando ao seu coração e volte ainda há lugar, tem uma cama arrumada lhe esperando, tem um pão para ser dividido, tem um abraço e um beijo para ser dado, tem um anel de honra para ser colocado em seu dedo e tem uma festa onde você é o homenageado. Tem um grande Pai esperando por você. Paz em Cristo Jesus hoje e sempre.

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